A Secretaria Municipal de Saúde de Plácido de Castro, por meio da responsável pela pasta, Elenira Costa (Cadira), confirmou nesta sexta-feira (12) que três pessoas testaram positivo para a febre oropouche, uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido por picada de pequenos mosquitos, Culicoides paraensis, popularmente conhecidos como Maruins. Outros mosquitos amazônicos, como o Ochlerotatus são transmissores. Importante ressaltar que o Aedes, transmissor da dengue, zika e chikungunya, aparentemente não transmite o vírus, mas estudos ainda estão sendo feitos.
Elenira informou que os casos foram detectados por meio de um exame específico chamado PCR, que identifica o material genético do vírus. Ela informou que os pacientes estão sendo acompanhados pela equipe de vigilância epidemiológica e recebendo tratamento adequado. Os sintomas da febre oropouche são muito parecidos com o dengue, e as doenças se confundem. Mas pelo que se conhece do Oropouche, ele não gera os quadros graves que a dengue é capaz de produzir.
A febre oropouche provoca febre alta, dor de cabeça, dor nas articulações e náuseas. Além disso, a doença pode causar fotofobia (sensibilidade à luz), dor ocular, tonturas e manchas avermelhadas na pele. Em alguns casos, os sintomas podem voltar após uma semana do fim da primeira manifestação.
A secretária de saúde alertou a população para que tome medidas de prevenção contra a doença, como usar repelentes, evitar locais com acúmulo de água parada e procurar atendimento médico em caso de suspeita. Ela também disse que a secretaria está realizando ações de combate aos mosquitos transmissores, como borrifação e eliminação de criadouros.
Sobre o vírus Oropouche
A primeira vez que a doença foi descrita foi na década de 1960, em Trinidad e Tobago. No Brasil, a Amazônia já registrou algumas epidemias do vírus. Assim como a dengue e a febre amarela, o Oropouche também pode ser transmitido por um mosquito.
O sintoma mais comum do vírus Oropouche é a chamada febre Oropouche. O diagnóstico pode ser feito por exame de sangue e não há um tratamento específico, o mais comum é com medicamentos para baixar a febre.
A doença já causou surtos e epidemias em vários estados brasileiros, especialmente da região amazônica. A doença pode ocorrer de forma esporádica (casos isolados) ou na forma de surtos ou epidemias.
Sintomas
Febre;
Dor de cabeça;
Dor no corpo e nas articulações;
Em alguns casos, o paciente pode apresentar vômitos.
Prevenção
As medidas de prevenção consistem em evitar a proliferação e o contato com mosquitos, de maneira similar aos cuidados contra a dengue.